1.12.09

Protocolo de Kioto

O Protocolo de Quioto ou Protocolo de Kioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da CQNUMC.

Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global.

Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55% dos países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).

As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.

A redução dessas emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:

* Reformar os setores de energia e transportes;
* Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
* Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
* Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
* Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.

Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8°C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.

Em 10 de março de 2009 centenas de cientistas reúniram-se,  em Copenhague, na Dinamarca, para fazer um balanço da mudança climática e recordar a necessidade de a comunidade internacional alcançar um bom acordo para combatê-lo.
O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climático (IPCC) da ONU concluiu, em uma série de relatórios  no decorrer de 2007, que o aquecimento global, caso não seja controlado, provocará uma devastadora série de inundações, secas, enfermidades e climas extremos até o final deste século.

No entanto, as últimas investigações sugerem que o impacto será mais grave, e que provavelmente terá lugar antes que o previsto.
"Precisamos que nossa sociedade compreenda melhor a urgência desta situação", declarou aos jornalistas John Ashton, o principal negociador britânico em termos de clima, no início do encontro.
Copenhague também sediará, em dezembro, um encontro internacional entre líderes mundiais, cujo objetivo é moldar um tratado que substitua o Protocolo de Kyoto, e estabeleça um compromisso quanto à redução das emissões de dióxido de carbono.

fonte folha online 
mundo educação

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